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Foto do escritorClínica Dr. Paulo David

CÂNCER DE MAMA E HEREDITARIEDADE




Entre os tipos de câncer, o de mama é o que mais acomete as mulheres e, também, o que mais as mata. Não há uma causa específica, mas fatores endócrinos, comportamentais, idade e até genéticos podem ser causadores da doença.

O câncer de mama hereditário é responsável por cerca de 10% dos casos entre as mulheres.

O agravo ocorre devido a mutações em determinados genes, que acontecem ao longo da vida, por diversos fatores. Entre eles, a herança genética da mãe ou do pai. Pessoas que têm ocorrências de câncer de mama na família, principalmente em parentes consanguíneos, fazem parte do grupo de risco e devem, periodicamente, realizar o autoexame e consultar o médico.


CÂNCER DE MAMA É HEREDITÁRIO?


Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que, em 2020, surjam mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Nos casos em que é hereditário, a mutação que ocorre em genes, como o BRCA1 e BRCA2, é a responsável pelo desenvolvimento da doença.

Esses genes geram proteínas supressoras tumorais e codificam outras, que fazem o processo de separação do DNA. Ou seja, os genes BRCA1 e BRCA2 são como partes do DNA responsáveis por controlar a proliferação e o reparo das células mamárias.

Quando esses genes apresentam alterações, as células não conseguem mais controlar o crescimento e acumulam partículas do DNA, que podem se transformar em câncer. Se a mulher herda de um dos seus genitores a mutação desses genes, aumenta o risco do aparecimento de tumores ao longo da vida.

As pessoas que herdam essas alterações genéticas têm cerca de 50% de chance de transmitir para os filhos. Mas isso não significa que todos que nascem com a alteração nos genes, consequentemente, desenvolverão a doença.



COMO IDENTIFICAR O CÂNCER DE MAMA


O câncer de mama pode se apresentar de diferentes maneiras, e cada caso é influenciado por outras tantas características particulares. O sintoma mais comum da doença é o nódulo na mama (pode ser identificado no autoexame), geralmente duro, indolor e irregular. Mas outros sintomas também podem ser percebidos, como:

  • alterações na forma ou textura da mama ou do mamilo;

  • retração cutânea;

  • edema na pele;

  • dor;

  • inversão do mamilo;

  • descamação do mamilo;

  • linfonodos palpáveis na axila;

  • secreção papilar, principalmente, quando ocorre em uma mama e de forma espontânea. Normalmente, as secreções associadas ao câncer de mama são transparentes, mas podem ser avermelhadas quando é expelido sangue.

Não é tão simples apontar se a mutação aconteceu por herança genética ou não. Por isso, cada caso deve ser analisado por um profissional conforme suas particularidades. Para identificar algum tipo de mutação nos genes, é necessária a realização de testes e exames genéticos.



COMO PREVENIR O CÂNCER DE MAMA?


É fundamental que todas as mulheres — independentemente de ter histórico familiar da doença — realizem a prevenção. A recomendação é fazer atividade física regular, ter uma alimentação nutritiva e balanceada e evitar bebidas alcoólicas. A amamentação também é uma forma de se prevenir contra o câncer de mama.

Além disso, as mulheres devem conhecer seu corpo e realizar mensalmente o autoexame das mamas para que consigam notar qualquer anormalidade. Fazer a mamografia anualmente depois dos 40 anos (ou antes, no caso de mulheres com risco elevado para a doença) também é essencial para o diagnóstico precoce e aumento das chances de cura.

Agora você já sabe o que caracteriza o câncer hereditário quando se trata de câncer de mama. Quem tem histórico familiar da doença deve redobrar os cuidados preventivos, porém precisa saber que essa é apenas uma das causas para o surgimento da doença.

É fundamental que todas as mulheres — independentemente de ter histórico familiar da doença — realizem a prevenção.


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